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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Rolling In The Deep - Adele



Composição: Adele / Paul Epworth
 
There's a fire starting in my heart
Reaching a fever pitch and it's bringing me out the dark
Finally, I can see you crystal clear
Go head and sell me out and I'll lay your ship bare
See how I'll leave with every piece of you
Don't underestimate the things that I will do
There's a fire starting in my heart
Reaching a fever pitch and its bringing me out the dark
The scars of your love remind me of us
They keep me thinking that we almost had it all
The scars of your love, they leave me breathless
I can't help feeling
We could have had it all
(You're gonna wish you never had met me)
Rolling in the deep
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
You had my heart inside of your hand
(You're gonna wish you never had met me)
And you played it to the beat
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
Baby, I have no story to be told
But I've heard one of you and I'm gonna make your head burn
Think of me in the depths of your despair
Making a home down there, as mine sure won't be shared
(You're gonna wish you never had met me)
The scars of your love remind me of us
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
They keep me thinking that we almost had it all
(You're gonna wish you never had met me)
The scars of your love, they leave me breathless
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
I can't help feeling
We could have had it all
(You're gonna wish you never had met me)
Rolling in the deep
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
You had my heart inside of your hand
(You're gonna wish you never had met me)
And you played it to the beat
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
Could have had it all
Rolling in the deep
You had my heart inside of your hand
But you played it with a beating
Throw your soul through every open door
Count your blessings to find what you look for
Turn my sorrow into treasured gold
You pay me back in kind and reap just what you sow
(You're gonna wish you never had met me)
We could have had it all
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
We could have had it all
(You're gonna wish you never had met me)
It all, it all, it all
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
We could have had it all
(You're gonna wish you never had met me)
Rolling in the deep
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
You had my heart inside of your hand
(You're gonna wish you never had met me)
And you played it to the beat
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
Could have had it all
(You're gonna wish you never had met me)
Rolling in the deep
(Tears are gonna fall, rolling in the deep)
You had my heart inside of your hand
But you played it
You played it
You played it
You played it to the beat

terça-feira, 28 de junho de 2011

Os dilemas da sociedade perante o descobrimento, navegações e explorações no período colonial brasileiro



Pois aquele que dá ares de quietude pode estar se agitando sem que vejamos”.
Pelo que se entende de “descobrimento” do Brasil, Pedro Álvares Cabral com a autorização do rei D. Manuel I, foi explorar as Índias e acidentalmente chegou às terras de gentios de pele escura, com dialetos diferentes dos europeus, e principalmente nus. Tais sujeitos na visão cristã Ibérica não tinham alma, não eram filhos do deus cristão, e com esse pré-conceito, excluíram tais pessoas de qualquer tipo de reconhecimento e pondo-as em qualquer posto para julgamento.
Conta-se que Pedro Álvares, fidalgo presente na corte portuguesa, foi acidentalmente á essas terras, porém, há quem ouça diferente dessa tese, pois, diga-se de passagem, seu trajeto foi muito retilíneo para um explorador que diz que a mudança dos ventos e quem sabe seu deus o levou as terras de Cabo Verde e depois ao desconhecido Brasil, eis o dilema.
Hans Staden, o primeiro a citar o Brasil na literatura, narra a epopéia "História verdadeira e descrição de um país habitado por homens selvagens, nus, ferozes e antropófagos situado no novo mundo denominado América" ou “Viagens ao Brasil”, dita seu convívio parcialmente amigável entre os nativos pintados. Hans não apenas diz seus costumes, mas demonstra muito como a cultura etnocêntrica européia está circundada em toda sua história, pois, trata-os como selvagens e assim, como todos os narradores do período colonial, classifica-os, aliás, desclassifica-os para sub-humanos.
Hans Staden enaltece a prática antropofágica dos índios, o que o assusta, porém, a justificativa dos índios para a causa é ditada como: “Ao comer a carne dos inimigos não apenas a digerimos, mas ingerimos todos os seus dons, como suas habilidades físicas e mentais. Ao comer seu cérebro, sua inteligência, seu braço, sua força.”
Em sua obra, se vê constantemente sua preocupação com a língua local, como se quisesse fazer de quem fosse ler, um real entendedor da língua para ensinar, possivelmente, gerações futuras. Ele se preocupa em ditar, ao seu modo e ao seu ouvido, as palavras que os indígenas dão as coisas, aos animais, as festas, o que se pode dizer é que, o ouvido de um germano, para o tupi, não é lá essas coisas, porém vale seu esforço em que se diz em matéria de características propostas por ele.
Staden volta ao Brasil, porém, sua primeira viagem de contato com os indígenas tupinambás foi de maior impacto, mostra o europeu astuto que adia sua morte e com isso, se engrandece sobre os pequenos canibais.
“O homem deve ser como o que está á sua volta, sendo polido entre os polidos e selvagem entre os selvagens, lição que muito segui e a qual posso afirmar ser muito sábia e necessária”
Cosme Fernandes não difere do pensamento de Hans Staden, pois os selvagens são selvagens, facilmente maleáveis e controláveis. O próprio nome de Terra Papagalli ou, Terra dos Papagaios, mostra como era o Brasil colonial, onde a influência européia era apenas de extração rápida e sem firmamento, pois o intuito dos ibéricos era a obtenção de matéria prima sem o intuito de se instalar nas terras que aqui situavam.
Deixa exposto qual era o motivo de todos os navegadores da época vir para as novas terras, o sentimento português era o de apropriação, e o do germânico de enriquecimento, porém, a apropriação gerava o enriquecimento. Os navegadores mostram-se pouco hábeis a se situar em uma situação de falta de contato e falta de conhecimento do oposto, criando a situação perfeita para uma herança cultural que nós possuímos até hoje que é a barganha, o suborno para com os nativos, pois troca-se lanças, escudos, bestas, pistolas, espadas, martelos facas, facões, pregos e espelhos por indígenas da tribo rival, por peças desconhecidas dos portugueses, animais desconhecidos, aiupim, cauim e etc.
A superioridade portuguesa é tanta que, mesmo rejeitados pela sua nação por quaisquer motivos, constroem a cidade, o Paraíso, que será denominada de São Vicente, o primeiro porto comercial entre o Brasil e os europeus, de qualquer nação.
Essa troca não era como a troca indômita entre os indígenas e portugueses e franceses, mas sim (outra herança que o país dominado conservou) uma troca justa entre pessoas por facas, garruchas e canhões. Pois Cosme soube aproveitar, apesar de não aprovar, a prática antropofágica, com suas vendas, pois vendia os escravos que sobravam e não seriam comidos, assim gerando lucro e superioridade tupiniquim.
Uma outra herança cultura que se deixa explicita é como os ibéricos, no caso especificamente portugueses não se dão com regras, pois, Cosme vende sim para os franceses e não se importa com as providências que se possa tomar D. Manuel I, o que o caracteriza como astuto ao meu ver pois, graças as suas atividades os portos cresceram, porém, não se pode dizer que é de todos essa boa ação.
“... a coragem é tão somente o medo com uma espada na mão, pois a fúria do leão é, em verdade, o medo da fome, a ousadia do comandante nasce do medo da derrota e principalmente, a coragem de um homem que mata outro não é mais que o medo da própria morte”
O interessante é como os índios são tratados de forma tão canibal e selvagem, pois, para um ser cristão presenciar a refeição de outro ser humano era algo de muitíssima afronta ás suas práticas.  Isso mostra como não houve nesse período seres que vissem os indígenas apenas com costumes diferentes dos europeus, e isso não é visto apenas nos séculos XV e XVI, mas sim desde o Império Romano, a escravização dos egípcios, a escravização dos africanos pela rejeição da cor da pele. Isso apenas mostra como os europeus, exclusivamente Ibéricos, são arrogantes e ignorantes em seu ponto de cultura medieval, pois, para os índios, a atitude antropofágica, como já dita, era de superiorizar-se sobre o inimigo e adquirir suas qualidades, e até Cosme em momento de fome prova Lopo de Pina para alimentar-se com Lianor.
Outro exemplo foi a cristianização dos indígenas, proposto pelos ibéricos, onde, como feito por Constantino, preservaram suas crenças enfeitando com as do outro. A diferença entre Hans Staden e Cosme Fernandes é que, Hans mostra como os indígenas aceitam outra divindade e inclusive pede para Hans aclamar por sua ajuda em momentos difíceis, e como sempre em histórias e fábulas européias o acaso não existe, mas sim a ajuda do deus todo poderoso que salvou Hans assim como continua salvando um terço da população mundial atualmente. Cosme trata como os tupiniquins, diferentemente dos tupinambás, o rejeita e o “insulta”, e, Cosme também é agraciado com as obras divinas. Sugiro que no próximo período colonial não tragam espelhos nem canhões, más sim cruzes de madeira para ajudar os indígenas nas suas guerras civis, quem sabe desta vez o deus desses navegadores que são tão recompensados pelas obras divinas consigam sobreviver.
“E assim é na vida, pois há seres malignos que afastamos com a fé, mas há outros que somente afastamos a pauladas”
O que mostra talvez pela primeira vez alguma inteligência indígena, que creio que foi muito encoberta pelos ibéricos, foi o pensamento do cacique tupiniquim da aldeia onde o Bacharel de Cananéia residiu:
“Piquerobi falou então, muito sensatamente, que não entendia como podíamos censurá-lo por comer seus inimigos quando fazíamos coisas muito pior, que era comer o filho do nosso deus.”
Pelo decorrer da história, a única novidade é que, depois de trinta anos, com a chegada de Martim Afonso, os portugueses instalam-se nas terras cor de brasa (Brasil), e então começaram a exploração de seus recursos, mas é claro sem abandonar os amigos indígenas de sua produção e os utilizando como escravos, e para essa ajuda da extração, os africanos, aqueles descendente de Caim.
O que destaca o Brasil até 1822 são os ciclos de exploração. O Brasil recebe esse nome, pois, o seu primeiro ciclo que vai do “descobrimento” até 1531, foi o ciclo do pau-brasil, que era usada para se tingir tecidos, com uma cor avermelhada, apelidado pelos portugueses como cor de brasa.
Com sua povoação, em meados de 1600 introduz-se o ciclo do açúcar, que se dá pela facilidade de plantio devido o clima tropical, precedendo assim no século XVIII o ciclo do ouro, onde as capitanias hereditárias haviam se estabelecido e com isso, a exportação da jóia muito valorizada pelos europeus.
Em 1808 com a vinda da família real ao Brasil, fugidos de Portugal, expulsos indiretamente por Napoleão, após instituir-se o Reino de Portugal, vieram com a família real centenas de funcionários, entre eles, pintores fracassados do período napoleônico onde, disseram que o rei precisava de registrar o país, e que, Debret, um influente pintor, se destaca nas obras da natureza e no exagero por ele proposto.
Debret trata muito de como era a vida urbana, principalmente dos escravos, mostrando sua situação, porém não com importância nem com superioridade, mas com certa parcialidade. Diz-se muito sobre os escravos de ganho, mostrando uma introdução, uma raiz á abolição da escravatura. Enfatiza-se muito quais foram as contribuições do povo africano na cultura brasileira, caracterizando-o como um adorador ou agradecido das atividades escravas.
“[...] Com a presença da corte no Rio de Janeiro, proibiram-se aos pretos as festas fantasiadas, extremamente ruidosas a que se entregavam em certas épocas do ano para lembrar a mãe-pátria; essa proibição privou-os igualmente de uma cerimônia extremamente traqüila, embora com fantasias, que haviam introduzido no culto católico.”
Debret serviu para mostrar como desde o “descobrimento” até a “independência” as visões mudaram, más, isso também pode se dar o lucro ao renascimento, iluminismo, ou apenas o simples conhecimento de atitudes postas como inferiores como as dos indígenas e escravos africanos.
O único problema da história brasileira é que todas as atitudes grandiosas de Portugal, como o “descobrimento”, “independência”, “abolição da escravatura” tem de ser colocadas entre parênteses por que de fato, nenhuma aconteceu, pois, não pode haver descobrimento de uma terra que já é habitada, não se pode dizer independente quando há um poder moderador entre os poderes que regem a nação, e não se pode dizer abolição pois no mês de junho de 2011 foi encontrado no interior de São Paulo pessoas em situações de escravidão.




Bibliografia

“Viagens ao Brasil” – Hans Staden
“Olhar Estrangeiro: Debret – Cenas de uma sociedade escravista” – Raimundo Campos
“Terra Papagalli” – José Roberto Torero & Marcus Aurelius Pimenta
“Histórias e Lendas do Descobrimento” – Yuri Sanada & Vera Sanada

domingo, 12 de junho de 2011

"Você precisa fazer inglês para sua vida futuramente..."

"Folha de S. Paulo - Cotidiano : Bebês têm aula de inglês antes mesmo de falar"


  Há quem diga que aprender inglês é necessário para uma vida comercial, uma vida de relações com o exterior. Porém, a opinião oposta é de que aprender o inglês é enfatizar, valorizar uma país, ou uma política imperialista economicamente, culturalmente e politicamente.
  Mas, conceito não se deve á frentes certas ou errados, pois há os dois lados da questão, porém, deve ser levado em conta que, a língua mundialmente falada é o inglês, a língua de fácil comunicação em qualquer país, é o inglês, e talvez por esse fato, o aprendizado de tal não seria perda de tempo, más sim, interação ao global.
  Concordo plenamente que há aquele simples fato: Todo brasileiro que vai á outro país, busca aprender sua língua, porém, qualquer estrangeiro que vem ao Brasil, quer que os brasileiros falem a sua língua. Isso eu concordo plenamente que é uma visão de imposição cultural em que o Brasil não há de mudar instantaneamente, pois, para os EUA ser a maior potencia mundial nos aspectos que já citei, houve muitas transformações, imposições e influências, o Brasil, a curto prazo, não conseguirá esse privilégio, pois, o primeiro passo, seria uma mudança na economia, se tornar uma economia de que dependam outros países, e após, uma superioração cultural, más não de imposição, pois voltariamos á estaca zero e nos igualariamos aos EUA, más sim de igualdade.
  E agora, bebês, de 10 á 8 meses, frequentando escola de ingês ? Pois é, a novidade. Estudos mostraram que o contato com línguas estrangeiras até mesmo durante a gestação, facilita o aprendizado posteriormente.
  Posso concordar pois, já foi dito que música durante a gestação também cria certo gosto. Não é de tudo errado, e concordo que é e será necessário saber outras línguas na globalização de informações que há atualmente, porém, isso não pode "danificar" quem sabe o patriotismo, a questão de valorização da pátria, desde de a língua á cultura ? E também com essa certa "desvalorização", não poderia criar quem sabe uma certa homogeneidade nas culturas e com isso, haver certas harmonias em algumas áreas do planeta ? E com essas homogeneidades, não iria criar um clima "sem graça" de conhecer outros lugares ? Pois, o que nos atrai é o diferente, e, essa "igualdade" que poderá haver, iria criar uma falta de gosto pelo conhecimento, e, esse é o intuito de uma sociedade que irá fazer uma "Passeata Nacional Por Uma Educação Melhor" ?
  A melhor atitude a ser tomada não é uma "extrema unção" nem uma aniquilação do inglês ou de línguas estrangeiras, más uma conciliação entre aprender outras, e valorizar a sua, criar valores nas crianças que vão crescer com essa influência exterior de real valorização.